Donald Trump, com a sua obsessão de colocar a América (os EUA) e os americanos acima de tudo, desencadeou uma guerra – segundo ele –
contra o terrorismo sediado no Oriente Médio. O alvo preciso seria o governo
iraniano que daria guarida às organizações terroristas, mediante mecanismos
oficiais.
Donald Trump segue o princípio – não civilizatório – do “olho
por olho, dente por dente”, retaliando, provocando e esperando a retaliação do
inimigo, numa escalada ampla, que pode não gerar uma guerra mundial, mas que
torna o viver na terra, mais insegura.
Trump age em nome da maior segurança para os americanos, por
crença pessoal e porque acha que isso é o pensamento da maioria da população
norte-americana, resultando na sua reeleição.
O desdobramento das sucessivas retaliações, ao contrário,
tornará a vida dos norte-americanos mais insegura.
Para evitar a formação e desenvolvimento de movimentos
terroristas, Trump tem que manter um grande contingente de soldados americanos
e equipamentos no Oriente Médio, contrariando as suas promessas e pensamento de
amplas camadas da população e eleitores norte-americanos que são contra a
remessa de jovens que podem morrer em terras alheias.
Até pouco tempo, Trump tinha poucos aliados, cuja posição
poderia levar a serem objeto de retaliação.
O Brasil sempre se pautou pela neutralidade e pelo princípio
do “não é conosco”. É o país que recebe judeus, árabes, africanos, orientais e
muito mais, com grande convivência.
Bolsonaro, por natureza pessoal, tende a se aliar e apoiar
Trump, em qualquer circunstância, mas foi contido, provavelmente, pela ala
militar.
Não conseguiu evitar a precipitação do seu Ministro formal
de Relações Exteriores que soltou uma nota apoiando Trump e sua argumentação,
mas conseguiu cercear a sua difusão.
Não foi reconhecido internacionalmente como aliado, o que o
livraria de ser objeto de retaliações planejadas, mas não está infenso a ações irracionais
de fanáticos que chegaram ao Brasil, misturados a imigrantes de boa fé.
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