As coisas não acontecem por iniciativa de movimentos
coletivos. Esses são reações a decisões monocráticas de decisores com poder.
Tais decisões tem os seus seguidores que o acompanham, segundo o “efeito manada”
e os contestadores, que podem alcançar a condição de maioria.
Cada vez mais assistimos a decisores que tem rompantes
emocionais, criam um fato consumado e depois, buscam ajustes a partir do novo contexto.
O início do ano foi tomado pela decisão de Trump de mandar
matar um general iraniano e criar um cenário no Oriente Médio.
É preciso voltar um pouco ao passado, para entender o
presente e as perspectivas futuras: por que os EUA ocupam militarmente várias
bases em países do Oriente Médio?
Supostamente para evitar eventuais ataques terroristas. Mas
a sua presença é anterior a essas manifestações.
A razão mais clara era garantir o suprimento de petróleo e
gás para os EUA, com diversidade de fontes, para conter eventuais movimentos
altistas.
Com a expansão da produção de P&G a partir do xisto, Donald
Trump acha que os EUA é mais que autossuficiente e pode dispensar o produto do
Oriente Médio. Ele acha, pessoalmente, que não faz mais sentido os americanos
gastarem bilhões de dólares para um benefício dispensável.
“América, first”, o resto que se vire. Os seus aliados europeus
continuam dependendo do petróleo do Oriente Médio e do gás da Rússia. Os seus aliados do Oriente Médio, tem enormes
reservas, mas precisam vender petróleo & gás para o mundo, sob risco de
entrar em colapso econômico.
Jair Bolsonaro segue o mesmo estilo de Trump, no qual se
inspira. Lança a bomba e depois chama o seu Posto Ipiranga, para dar um jeito
nas consequências.
Os cenários mundiais e brasileiros não podem se pautar pelos
paradigmas racionais, mas tem que se basear na adivinhação dos próximos
rompantes dos grandes decisores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário