2020 começa com lançamento de mísseis contra a economia
brasileira: as intervenções do Presidente da República.
No primeiro ano de governo Jair Bolsonaro pouco interferiu
nas decisões governamentais sobre a economia, mantendo a posição de “ignorante
na matéria” e deixando o seu “Posto Ipiranga” conduzir todas as proposições e
articulações.
Não assumiu o comando da aprovação da Reforma da Previdência,
interferindo apenas a favor das corporações policiais e militares. Mas com a
sua aprovação, apropriou-se dessa, transformando-a no maior feito econômico, do
seu primeiro ano.
Aparentemente interferiu para criar estímulos ao consumo,
mesmo com as resistências da equipe econômica. Promoveu a liberação do FGTS, o
que teria dado certo, levando a uma reação da economia, nos dois últimos meses.
Achou que pode comandar a economia.
Com a crise gerada pelo conflito EUA x Irã quer administrar
o eventual impacto do aumento do petróleo, no preço da gasolina e do diesel.
Mais deste do que do outro, para atender aos caminhoneiros que fazem parte do
seu grupo fiel de adeptos. A sua preocupação maior não é com o impacto
inflacionário, mas com o reflexo sobre os custos dos caminhoneiros.
Dentro da mesma perspectiva de atender a um grupo
minoritário de adeptos, proibiu o que apelidou de “taxa do sol”, mediante
decisão autoritária: “quem manda aqui sou eu”. Só desconsiderou que enfraquecendo o sistema
institucional gera maior insegurança jurídica, espantando os investidores
estrangeiros. Espera que eles acreditem que " la garantia soy yo”.
Apoiou aumentos para os policiais do DF e é favorável a
outros aumentos para as categorias de servidores públicos que o apoiam.
Está estudando reduções na conta de luz dos templos
religiosos, para atender o seu principal grupo de apoio.
Parece ser o retorno do “populismo econômico” que tanto
combateu, quando praticado pelo PT.
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