quarta-feira, 15 de julho de 2020

Impasses ambientais (1)

O amanhã de Jair Bolsonaro é permanecer na Presidência, o que nas circunstâncias atuais é amplamente provável, mas essas podem piorar por revelações "bombásticas". 
Ele não tem muito o que fazer a não ser esperar e reagir às ameaças, se surgirem.
Já o depois de amanhã está com data marcada: as eleições presidenciais, em 2022, às quais ele pretende concorrer.
Para ter condições de ser reeleito, precisará de uma melhoria substancial da macro economia brasileira, com uma vigorosa retomada do crescimento econômico. 
Para isso, duas condições são essenciais: manter e ampliar as vendas externas do agronegócio e atrair capitais externos para financiar os investimentos fundamentais para a retomada da economia.
Ambas estão sob risco em função dos problemas ambientais. Os consumidores europeus, com apoio dos respectivos governos já estão promovendo boicotes aos produtos brasileiros sob o pretexto de que são fruto do desmatamento da Amazônia. Pretendem ampliar as restrições a todos os produtos brasileiros, ainda que não integrantes ou associados ao agronegócio.
Donos e gestores dos capitais já vem se pronunciando contrários a investimentos no Brasil em função da sua política anti-ambiental. 
O Governo adotou uma postura negativista, contestando os dados que seriam promovidos por interesses contrariados dos concorrentes do agronegócio brasileiro no exterior.
Assumindo que o mundo está sendo manipulado por desinformação e notícias falsas sobre o desmatamento na Amazônia, promoveu e vem promovendo campanhas publicitárias, que tem eficácia reduzida diante das realidades incontestes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...