Diante da ampliação da capacidade de atendimento dos doentes com a COVID-19, os Governos Estaduais e Municipais estão flexibilizando as restrições, assumindo os riscos de aumento da contaminação. Também das mortes, mas com menor grau de letalidade.
Perceberam a inviabilidade de manter os isolamentos mais amplos e rígidos, por muito tempo, assumindo as mortes como "danos colaterais" de uma guerra.
A economia deverá voltar a funcionar mas não com o mesmo normal, anterior à pandemia.
Houve a aceleração nas mudanças que estavam em curso, principalmente o "home-office". Novas práticas de funcionamento de bares, restaurantes, cinemas, lojas, shopping centers serão permanentes. As indústrias, assim como estabelecimento de serviços terão que adotar medidas preventivas mais rígidas.
Mas tudo dentro do mesmo modelo de negócio do Brasil, o que projeta uma evolução da economia baixa, com pequenas variações em torno da estagnação, ou seja, crescimento zero.
A principal mudança trazida ou promovida pela crise foi a "descoberta" pela sociedade organizada e pelas autoridades econômicas, da pobreza, como um fato real e não apenas estatístico, caracterizado como "informal".
Estariam fora do mercado e a sua inserção no mercado, através de renda transferida pelo Estado, ampliada pelo multiplicador de renda, poderia gerar um PIB adicional, promovendo uma revitalização do falido modelo econômico brasileiro.
As tentativas infrutíferas de Paulo Guedes, apesar do poder que lhe foi atribuido, em revitalizar a economia, mediante os padrões liberais, substituindo o papel promotor do Estado, tem sido sucessivamente anuladas pelas questões ambientais e outras.
Paulo Guedes terá que repensar o modelo de negócio do Brasil e não apenas tentar revitalizar um modelo falido, com injeções de liberalismo.
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