Diante das mudanças estabelecidas na última minirreforma política-eleitoral, os partidos precisarão alterar as suas estratégias com o objetivo de manter ou ampliar as suas bancadas na Câmara dos Deputados, em 2022.
Com a cláusula de barreira e a proibição de coligações para as eleições proporcionais, mas não para as majoritárias, os partidos nanicos terão pouco a oferecer aos partidos maiores. Só terão segundos adicionais no rádio e tv para se somarem ao tempo dos partidos líderes, nas eleições majoritárias, sem contrapartida de reforçar as suas possibilidades de formação de uma bancada, a partir de coligações para as eleições parlamentares.
A eleição dos deputados federais e estaduais em 2022 por um partido dependerá exclusivamente do voto dados aos candidatos do mesmo partido.
Para ampliar os votos partidários os partidos políticos deverão apelar para duas estratégias principais: atrair campeões de votos ou lançar o máximo de candidatos, dentro dos limites permitidos pelas regras eleitorais.
O principal atrativo que os partidos podem oferecer a esses candidatos é o financiamento das campanhas. Será possível para os partidos com maior volume de recursos dos fundos públicos, principalmente o PSL que terá uma fartura de recursos. Já o PT que terá o maior volume de recursos para as campanhas de 2022, precisará ampliar renovar a sua bancada, sem abandonar os princípios e programas partidários.
Os partidos do centrão que vem em seguida na lista dos maiores recursos dos fundos públicos, buscarão pragmaticamente atrair os bons de votos, com obrigação formal de comprometimento com os programas partidários.
A redução do número de partidos não irá favorecer os partidos programáticos, exceto o já citado PT, tendendo a fortalecer os partidos pragmáticos, que buscarão reforçar o quadro de despachantes comunitários ou corporativos, para ampliar a eleição dos seus partidários.
Será dentro desse contexto que os partidos políticos deverão estabelecer as suas estratégias para as eleições municiais de 2020.
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