O agronegócio brasileiro é indubitavelmente um grande sucesso produtivo e econômico. Enfrenta contestações ambientais, mas tem uma missão mundial, mais ampla, que precisa ser melhor entendida pela sociedade brasileira: contribuir decisivamente para acabar com a fome no mundo.
O mundo já tem 7,5 bilhões de pessoas e, segundo a FAO, em 2019, ainda 690 milhões passaram fome.
A população mundial continua crescendo e poderá chegar a 9 bilhões em 2035 e 10,5 em 2050 (segundo as estimativas da ONU).
A população dos países de renda alta tende à redução progressiva e ao envelhecimento da sua população, sendo cada vez mais exigente em relação à saudabilidade dos alimentos.
Os países de renda média manterão pequeno crescimento, no conjunto, mas não de forma uniforme. O Brasil tende a seguir a tendência dos ricos, enquanto China e outros países asiáticos ainda seguirão crescendo, ainda que a taxas menores.
Os maiores crescimentos serão em países de renda baixa, principalmente na África e na Ásia, onde a perspectiva é de parte da população ainda passe fome.
Mesmo em países de renda média como o Brasil, dada a desigualdade de renda, parte da população ainda passará fome. Segundo a FAO, no período 2017 a 2019, antes da pandemia do novo coronavirus, 43 milhões de brasileiros teriam passado fome.
O Brasil é o país que tem as melhores condições para ajudar a eliminar a fome no mundo. Além das condições climáticas favoráveis, através da tecnologia passou a aproveitar terras anteriormente improdutivas. E conta com empreendedores inovadores, dispostos a investir continuamente, no aumento da produtividade e melhoria da qualidade dos produtos.
Para efetivar o aumento da produção de alimentos e cumprir a missão humanitária contra a fome precisará superar diversos desafios:
- viabilizar e reduzir o custo logístico que encarecem o preço dos alimentos na ponta final para o consumidor, tornando-os inacessíveis, para os mais necessitados;
- aumentar a produção, sem promover desmatamento, utilizando preferencialmente (ou exclusivamente) áreas degradadas, mediante uso intensivo de tecnologia para a sua recuperação;
- superar a imagem negativa em âmbito internacional do agronegócio, em relação ao impacto ambiental;
- processar os seus insumos alimentares em comida pronta ou semi-pronta para consumo, uma vez que as pessoas precisam comer a comida pronta e não as matérias-primas;
- garantir a saudabilidade dos alimentos;
- evitar a monopolização ou cartelização (ou garantir a livre concorrência) na comercialização ou processamento dos alimentos;
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