terça-feira, 20 de outubro de 2020

Chico Rodrigues, lídimo representante da velha política

Chico Rodrigues emergiu das trevas do Baixo Clero e foi tornado uma celebridade internacional, pelo dinheiro que escondia junto à bunda. 

Veio  à luz para fazer companhia ao seu companheiro de Baixo Clero da Câmara dos Deputados, ao longo de mais de 20 anos. Tem outro  companheiro emergido do Baixo Clero na Presidência do Senado.

Chico Rodrigues é uma típica figura da "Velha Política", com grande presença e eleitorado estadual, mas pouco efetivo na política nacional.

Engenheiro agrônomo formado em Pernambuco migrou para Roraima, na mesma leva dos técnicos pernambucanos para ajudar na administração do novo estado, até então um território federal, entre eles Romero Jucá. Logo ocupou a Secretaria da Agricultura.

Passou por vereança em Boa Vista, foi eleito deputado federal, pela primeira vez, em 1990, sempre associado aos "donos do poder" em Roraima. Voltou à Secretaria da Agricultura no primeiro mandato de Neudo Campos, o qual foi reeleito e depois renunciou para não ser cassado. Foi reeleito sucessivamente, a deputado federal, até 2010, quando disputou a Vice-Governança na chapa de José de Anchieta, então oposição a Neudo Campos, sendo eleitos.

A correlação de forças mudou, José de Anchieta foi cassado, com Chico Rodrigues, assumindo o Governo. Disputou a reeleição, mas foi derrotado por Sueli Campos, esposa de Neudo Campos, que assumiu o lugar do marido, então impedido, sendo eleita Governadora.

No final do mandato Chico Rodrigues também o perdeu por decisão do TRE,  por irregularidades eleitorais da chapa liderada por José de Anchieta. 

Após um intervalo de 4 anos, quando transitou pelo PSDB, candidatou-se ao Senado pelo DEM, dentro da onda bolsonarista, recebendo o apoio expresso de Jair Bolsonaro, quando declarou um "quase casamento consensual".

Eleito em primeiro lugar, acompanhado por Mecias de Jesus, frustrando a reeleição de Romero Jucá, que ficou em terceiro com uma pequena diferença de votos. Com o apoio do Presidente Jair Bolsonaro assumiu diversos "lotes" da Administração Federal no Estado ou na Região, até então dominado por Romero Jucá, indicando os seus apaniguados.

Operava mais como despachante dos interesses estaduais, através das emendas parlamentares, com o que garantia as suas sucessivas reeleições.

Flagrado com dinheiro na cueca, não importam as explicações, tornou-se um "contaminado" que ninguém o quer por perto.

Bolsonaro já o deixou na estrada, como já vez com outros velhos amigos, o DEM quer expulsá-lo. A preocupação é que com a sua resistência mais coisas venham a tona, inclusive corrupção dentro Governo, o que é negado peremptoriamente.

Apenas o seu companheiro Davi Alcolumbre ainda tentava salvá-lo, nos bastidores. Não adiantou.

Pediu licença por 121 dias, mas não terá condições de retornar. Tornou-se uma figura incômoda que ninguém quer acolher.

Será sacrificado no altar da Nova Política, como típico representante da velha política.

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