O conflito entre Rogério Marinho e Paulo Guedes é um remake de uma tradicional disputa entre "Fiscalista x desenvolvimentista". Já ocorreu antes na disputa Pedro Malan x Clovis Carvalho, Joaquim Levi x Nelson Barbosa e outros que não me lembro agora.
Quem assume o Ministério da Fazenda, agora da Economia, acaba sendo fiscalista, mesmo que não tenha antecedentes, ou não tenha aceito o cargo como tal. A responsabilidade por pagar as contas e a pressão dos investidores o obriga a assumir tal posição. Por outro lado enfrenta a pressão de todos os demais Ministros que querem gastar mais. O seu poder de resistência aos colegas depende do apoio do Presidente.
Bolsonaro pende a favor de Marinho, com quem tem melhor interlocução: falam a mesma língua, tomam tubaina juntos.
Já com Guedes não tem muito papo. Bolsonaro não entende 90% do que Guedes diz e convidá-lo para tomar tubaina é uma ofensa. No mínimo um whisky com 15 anos, ou um vinho da casa de 4 dígitos.
Mas Bolsonaro não pode dispensar Guedes, porque não consegue avaliar o tamanho da reação do mercado. Pode ser amplo e desastroso para ele, como ser absorvido como foi a demissão de Moro.
Na dúvida, mantém os dois.
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