Kássio Nunes Marques sempre fez articulações políticas para ingressar e avançar na carreira jurídica.
Entrou para a magistratura dentro de um lista triplice da Ordem dos Advogados do Brasil para a vaga reservada aos advogados nos tribunais eleitorais e no Tribunal Federal de Recursos.
Para ser incluido na lista tríplice precisa fazer articulações políticas junto à corporação e outras ainda no meio político para ser escolhido. Não basta a idoneidade e o saber jurídico. Não é só por isso que os colegas o escolhem. Precisa de um bom relacionamento e muita conversa: muitos almoços e jantares.
Estar na lista triplice é com os colegas. Ser indicado para o Tribunal é com os políticos.
Duas das indicações foram feitas durante os governos petistas, com o apoio dos politicos piauienses.
Com a indicação para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, transfere-se para Brasília, onde estabelece a sua rede de relacionamento político, com vistas a um cargo do Superior Tribunal de Justiça, o degrau acima e, para muitos, o topo da carreira jurídica. Esse tem uma composição predominante de desembargadores oriundos do TRF 1 do que dos TRF2, com sede em São Paulo. A explicação plausível é que os desembargadores do TRF1, em Brasília, estão mais próximos dos políticos.
Dentro desses relacionamentos, Kassio Maques teria tomadas muitas tubainas com o seu amigo, deputado federal Jair Bolsonaro. O quanto depois da eleição e posse desse para a Presidência é pouco conhecido. Sendo um desconhecidos, apenas um na multidão, a mídia não se preocupou com a sua eventual presença no Alvorada, provavelmente dentro de um grupo de amigos do Jair, adeptos das tubainas.
Em campanha para um lugar do STJ nunca esteve na lista da mídia, como candidato ao STF, mas sempre foi uma "carta na manga" do Presidente.
Com a resistência aos amigos mais notórios, Jair montou um palco para trazer o novo ator e apresentá-lo ao distinto público.
Uma parte aplaudiu, outra vaiou. Não era um "terrivelmente evangélico"; trazia um sinal da estrela vermelha e, supostamente, outros defeitos para os bolsonaristas radicais.
A sua emergência é recente, mas o processo da sua indicação é antigo. Com 28 anos na Câmara Federal, embora sempre no baixo clero, Jair Bolsonaro formou uma ampla rede de relacionamentos pessoais.
Para o público externo o nome é uma surpresa e a mídia busca as origens segundo paradigmas comuns, que nem sempre se aplicam ao surpreendente Jair Bolsonaro. Para ele é apenas um das suas "cartas na manga".
A indicação de Kássio Nunes não é do centrão, que tem como principal líder real, o Senador Cyro Nogueira, do Piaui. Bolsonaro usou para agradar o centrão e conseguir o seu apoio no Senado, onde a sua bancada própria é fraca.
É uma indicação pessoal, um "amigo de tubaina".
A mídia mal informada nos leva ou induz a erros. Dessa vez não vimos o que não foi mostrado.
Kássio Nunes não foi indicado para ser "boi pra piranha", como comentamos anteriormente. É a primeira preferência pessoal da Jair Bolsonaro que já esta se empenhando pessoalmente pela sua aceitação e aprovação pelo Senado.
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