Os acordos comerciais assinados pelo Brasil com os EUA estão no bojo de uma disputa entre os EUA e a China, focado, no momento, na batalha pelas tecnologias de base das telecomunicações.
A China está na frente, com larga vantagem, sobre as empresas ocidentais, na tecnologia 5-G e os EUA, com Trump na Presidência, quer barrar o avanço da Huawei num dos maiores mercados nacionais, depois dos EUA: o Brasil com uma população de mais de 200 milhões de pessoas, com o volume de aparelhos celulares, superior ao da população.
Para isso oferece um bilhão de dólares, ao Brasil, para evitar que a infraestrutura de comunicações seja dominada pelos chineses.
A par da questão dominante, os acordos preveem diversos pontos interessantes para o Brasil, como as cláusulas anti-corrupção, ou mais precisamente, anti-concussão.
Concussão é a prática do agente público exigindo ou extorquindo o empresário privado de uma propina para liberar pagamentos, relevação de penalidades e outras eventuais necessidades do interessado.
Essa prática que grassou, no país, nos últimos anos, afastou os investimentos diretos das empresas norte-americanas, principalmente no setor de óleo&gás, deixando o espaço para as empresas asiáticas.
Algumas operando no Brasil, deixaram o país e outras desistiram de vir, apesar das imensas oportunidades geradas pelo pré-sal.
Não aceitaram as práticas, pelo risco de serem punidas no país de origem, enquanto o Brasil era leniente.
Os EUA querem que o Governo Brasileiro coiba aquelas práticas danosas.
A partir da consolidação dos acordos, as empresas norte-americanas do setor de óleo & gás tenderão a retornar, seja nas privatizações das refinarias, como na exploração do pré-sal.
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