Reportagem do Estadão dá conta de uma suposta associação entre os black blocs e o PCC para perturbrar a realização da Copa. Acho que não é bem assim. É o PCC se organizando para mais um confronto com as autoridades, colocando integrantes seus, fantasiados de black blocs para se manifestarem e buscarem a apoio dos jovens efetivamente black blocs.
Hoje eles voltaram às ruas de São Paulo, com as costumeiras ações: inflitram-se em movimentos promovidos por outros grupos, partem para a violência, com vandalismo e depredações. Com farta presença da imprensa e nenhuma de policiais. Que sempre chegam atrasados, com a misssão de dispersar os grupos e, eventualmente, detê-los por curto prazo.
A PM abandonou a tática de cercar os manifestantes e prendê-los para voltar ao velho esquema de dispersá-los com bombas de efeito moral.
A incompetência policial foi explicada como decorrente do acordo feito com o Movimento Passe Livre, de acompanhar a passeata de longe. Agora reconhecida pelo Secretário da Segurança, como equivocada.
Se foi isso é uma demonstração total e absurda de ingenuidade ou inocência, o que não é crível.
Uma das principais regras da estratégia é procurar conhecer a do inimigo e não permitir que ele saiba, antecipadamente as suas.
Ao fazer o acordo, sem condicionantes com o MPL, os blackblocs logo ficaram sabendo que não haveria policiamento ostensivo, tampouco ladeando a passeata. Eles teriam espaço e tempo para vandalizar, como de fato fizeram.
As autoridades da segurança acreditarem que uma dúzia de meninos e meninas teriam condições de controlar os blackblocs profissionais, aliciados ou associados ao PCC, beira a total ingenuidade.
O MPL tem sido superestimado pelo fato de terem dado início às manifestações de junho de 2013. Porém se resume a um pequeno bando de jovens que acreditam seriamente que a catraca livre é solução para os problemas de mobilidade urbana. Seguindo, mas com ampliações, os conceitos de um velho engenheiro.
No final da festa, na Marginal Pinheiros o MPL fazia um jogo de futebol com meia dúzia de participantes, cercado por curiosos, em maior número que os ativistas.
Na outra pista os blackblocs faziam baderna, sem qualquer interferência policial.
Antes haviam depredado um banco e uma concessionária de automóveis de luxo.
O que a policia não percebeu, ou se percebeu faz de conta que não é que os blackblocs tem uma organização profissional, com estratégias e ações oportunistas. Não são apenas jovens pretensamente revolucionários, mas criminosos ou potenciais criminosos aliciados pelo PCC.
Os blackblocs são hoje um braço atuante do PCC.
As próximas ações e detenções vão comprovar isso.
A interpretação da teoria da conspiração é outra.
Foi para demonstrar aos movimentos com fins pacíficos que eles não tem condições de controlar os blackblocs e, por isso todas as manifestações tem que ser autorizadas e monitoradas pela polícia. E alertar aos simpatizantes que correm riscos ao participar dessas manifestações, pois haverá sempre a probabilidade que terminem em confrontos e violência policial.. Essa incontrolável, pelas autoridades.
Guerra é guerra!
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sexta-feira, 20 de junho de 2014
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