Dos 12 estádios em 12 cidades, 4 já estão fora da Copa. Não haverá mais jogos da Copa do Mundo da FIFA - 2014 em Manaus (Graças a Deus, dizem os jogadores e demais);Natal; Cuiabá e Curitiba. Nessas a população já começa a refletir se
valeu a pena. Em algumas cidades a invasão dos turistas estrangeiros deu a impressão de que sim. Mas só depois de terminada a Copa, toda, em 13 de julho, fazendo as contas se terá uma idéia mais precisa.
Em todas elas, as obras de mobilidade urbana não ficaram prontas. Em Manaus nem começaram. Em Natal as chuvas não ajudaram e as vias no entorno da arena ficaram alagadas. Em Cuiabá, com uma das maiores obras mantida na matriz de responsabilidades, nenhum trecho foi colocado em operação. Como foi feito em outras cidades só para inaugurações simbólicas. Curitiba, com o maior leque de obras, não conseguiu completar as que deveriam ficar prontas antes da Copa. Foi um canteiro de obras inacabadas. Um grande receio é que terminada a Copa as obras sejam abandonadas.
Junto com eles metade das seleções vindas para a Copa também deram adeus à Copa.
Com muitas surpresas. A primeira foi a Espanha que não repetiu a perfomance de 2010. Eliminada já no segundo jogo, foi acompanhada pela Inglaterra e depois pela Itália. A maioria dos turistas desses paises que vieram seguir a sua seleção também já se foram, sem grandes alardes. Porém há ainda a permanência de muitos turistas de laranja dos holandeses e azuis dos franceses. Os alemães não tem um cor de destaque. O liso é branco e o colorido, colorido demais.
Os norte-americanos e os australianos apareceram como os principais paises compradores de ingressos para a Copa. Os australianos não foram muito felizes e foram fazer companhia aos espanhóis na retirada antecipada. Os norte-americanos continuam fazendo barulho seguindo o seu lema "I belive" (eu acredito) e terão que vencer uma Bélgica que ainda não se mostrou.
Na realidade, uma grande parte dos ingressos vendidos nos EUA foi para mexicanos que constituem e maior torcida estrangeira vinda ao Brasil por via aérea. Porém para tristeza da rede hoteleira eles fretaram um enorme navio de cruzeiro e cerca de 3,5 mil mexicanos estão hospedados nele. Tem uma difícil tarefa para permanecerem. Superar a Holanda.
A maior parte dos turistas estrangeiros no Brasil durante a Copa chegou via terrestre. Os argentinos e uruguaios já eram previstos, dada a proximidade e facilidade de acesso. Os chilenos foram uma surpresa, dispondo-se a vencer os Andes para chegar ao Brasil. Mas os colombianos chegaram em muito maior número do que o esperado.
Grande parte, senão a maioria desses turistas sulamericanos vieram sem ingresso. Alguns na esperança de encontrar um ingresso na última hora. Outros para viver o clima e apoiar a sua seleção.
Nunca houve tantos latinoamericanos nas oitavas. Haverá alguns confrontos diretos, como Uruguai x Colômbia e Brasil x Chile. Alguns já ficarão no meio do caminho, mas a maior esperança é dos argentinos que estão fazendo "bate-volta" e esperando sobras de ingressos dos torcedores de países eliminados. É, no entanto, o confronto mais dentro do previsível. Já os chilenos podem contar com a desistência de espanhois ou mesmo de holandeses menos otimistas que não contavam com o primeiro lugar (que ficaria com a Espanha) e teriam que enfrentar o Brasil.
Nas oitavas ainda haverá um jogo em Porto Alegre e em Recife. Depois só restarão duas capitais nordestinas (Fortaleza e Salvador), que terminam, nas quartas e 3 cidades do sudeste (Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo) e ainda Brasília. Na reta final ficarão apenas 4 seleções e 4 cidades.
O que acontecerá com o turismo das cidades que forem ficando fora da Copa? Não haverá Copa durante o mês de férias de julho, nessas cidades, quando, normalmente há muitos turistas. Mas esses teriam sido afugentados por conta da Copa.
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