A globalização derrubou a seleção espanhola, repetindo o que já havia ocorrido com a seleção inglesa.
O futebol que continuará sendo jogado na Espanha continuará sendo um dos melhores do mundo, concorrendo com a Alemanha, França e a Inglaterra. Os clubes desses paises continuarão sendo os mais ricos (e mais endividados) contratando os melhores jogadores do mundo, independentemente da sua nacionalidade. Aí está o problema.
Os clubes serão fortes. As seleções nacionais fracas.
Os melhores jogadores que estão nos clubes espanhóis não jogam na sua seleção. Messi está na seleção argentina. Cristiano Ronaldo na portuguesa. Neymar, Marcelo, Daniel Alves e outros na brasileira. E há muitos outros espalhados pelas diversas seleções.
Sem eles a seleção espanhola acabou vítima das seleções montadas pela Holanda e pelo Chile e ainda corre o risco de ser humilhada pela australiana. Por outro lado os craques isoladamente correm o risco de naufragar em seleções fracas, como Cristiano Ronaldo, anulado pela seleção alemã.
Uma rápida análise da composição das seleções, mostra que praticamente todas as seleções nacionais são globalizadas. Os principais jogam em clubes fora do seu país de nascimento.
Quem funcionará melhor, dentro desse novo quadro do futebol mundial?
A seleção espanhola mantia-se na ponta no ranking da FIFA, apesar desse quadro. O seu fracasso na Copa das Confederações e agora na Copa do Mundo 2014 leva a uma reflexão para o curto e médio prazos.
A curto é sobre o que essa desclassificação precoce da Espanha, incluindo humilhante goleada, se refletirá no desempenho das demais seleções, em particular, na brasileira.
A médio prazo cabe avaliar se esse modelo de globalização levará a uma reformulação da organização do futebol ou se consolidará como o melhor modelo de negócios, ainda que em detrimento da dimensão esportiva?
Os próximos resultados poderão dar indicações mais seguras sobre esse futuro.
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