segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cops do Mundo e Brasileirão

A Copa do Mundo da FIFA 2014 provocou uma mobilização inédita do povo brasileiro em torno de um evento público. A quase totalidade da população está acompanhando os jogos, torcendo e sofrendo pela seleção brasileira. Uma pequena minoria consegue ir aos estádios, mas a TV se encarrega de mostrar todos os jogos e mais comentários, bastidores, fofocas, etc. mantendo a Copa como um tema permanente. E ainda tem o rádio.

Os indiferentes são poucos e os contra uns poucos. Entre esses ainda tem alguma dezena em cada cidade disposta a ir às ruas protestar. Sem impacto, mesmo quando reprimidos com violência pela polícia. Todo mundo quer mesmo é saber da seleção do Brasil.

O que acontecerá com o interesse do povo pelo futebol, pós-Copa?

A "elite branca" conheceu, na prática, os novos estádios e aprovou, apesar de pequenas falhas. Com cadeiras em lugares marcados, segurança e aquela fantástica sensação de massa em movimento. "Todos juntos", gerando a sensação de que unidos seremos invencíveis.  "O povo unido, jamais será vencido". dizem os movimentos de rua. 

Que comportamentos se seguirão pós-Copa. Aumentará o público nos estádios? Estarão dispostos a pagar mais caro pelos ingressos? Irão lotar os estádios nos próximos jogos do Brasileirão, que começa logo após encerrada a Copa?

Continuarão animados ou se logo se desanimarão com a qualidade dos jogos e jogadores. Ficarão apenas na saudade?

Ainda que a seleção canarinho se sagre campeão, conquistando o hexa, os seus heróis não serão mais vistos nos campos brasileiros. Neymar, Oscar, Davi Luiz e outros só serão vistos pela TV. Júlio César nem isso. A menos que decida voltar ao Brasil depois de reabilitado. Só restarão Fred e Jô para serem vistos ao vivo. 

As "arenas multi-uso" se tornarão viáveis no pós-Copa ou se tornarão "elefantes brancos"?


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