Essas minorias ativas, com o apoio dos silenciosos adeptos o elegeram e agora pautam a sua administração.
As minorias continuam insatisfeitas, apesar dos grandes avanços obtidos com a Administração Haddad porque saindo de patamares muito baixos, sempre querem mais.
As maiorias começam a perceber que os sonhadores desejos das minoriais causam mais problemas do que trazem solução, a curto prazo. O resultado é a desaprovação da sua Administração.
Não considerando aqui os movimentos dos sem teto, do qual trataremos em outra ocasião, essas minorias são formadas, principalmente, por uma classe média dos "não quero carro" a qual acredita que:
- se forem estabelecidas restrições para a circulação e estacionamento dos carros haverá menos carros na cidade, melhorando a mobilidade urbana;
- se houver melhoria na velocidade de circulação dos ônibus, os motoristas deixarão de usar o carro, perdendo tempo nos congestionamentos, passando a usar o ônibus;
- é possível e necessário mudar de estilo de vida, podendo morar em cubículos de até 19 m2, de alto valor e sem carro;
- o principal meio de locomoção deve ser a bicicleta e para favorecer o seu uso a Prefeitura deve instalar milhares de quilômetros de ciclovias, tirando os espaços hoje utilizados para o estacionamento de carros;
- as pessoas devem morar e trabalhar próximos podendo se deslocar a pé.
Essa minoria ativista segmento de classe média alta, da qual Haddad sempre fez parte, tem como bandeira "morra o carro, viva a bicicleta". Ao qual o seu Secretário dos Transportes, Jilmar Tatto aduz: "viva o ônibus" para atender às classes mais pobres.
Haddad que vem de uma família de comerciantes de rua sabe muito bem da importância das vagas em via pública nas proximidades "do lojinha". Tirando as vagas é natural que a sua classe reclame e o ache um "traidor".
Os micro apartamentos de classe média alta fizeram um grande sucesso, com uma venda recorde no lançamento, mas a febre já está baixando, pela constatação dos investidores que os compraram que a demanda final é menor do que esperam e já há expectativa de superoferta. Os lançamentos continuam, porque os incorporadores já os tinham planejado anteriormente e só recentemente conseguiram as devidas licenças para colocar no mercado.Mas as vendas já não tem a mesma velocidade.
A velocidade de circulação dos ônibus nos corredores ou faixas exclusivas não é suficiente para evitar que usuários passem para o carro. Para muito o que é mais importante é o tempo total da viagem. Então para aqueles que precisam saltar num terminal de ônibus, para pegar outro para chegar em casa, com um tempo adicional de espera do ônibus de distribuição, a sua sensação de descomodidade o leva a buscar o carro: ainda que para fazer o percurso final A mesma percepção vale para o deslocamento de ida. A vantagem da velocidade é para quem mora próximo ao ponto de parada dos ônibus nos corredores e não precise fazer transbordos. Mesmo nesse caso, a velocidade dos ônibus é comprometida pela demora em chegar. E, em horários de super pico é inviável entrar em ônibus. (digo isso como usuário contumaz).
Diante dessa situação usuário do carro só preferirá o ônibus, deixando o carro guardado ou deixando de tê-lo, se for usuário em horários fora de pico. Não é o caso da maioria dos trabalhadores.
A minoria dos "fora do pico" estão satisfeitos. A maioria "dos horários de pico" não. Por isso apesar dos quilômetros de faixas exclusivas o "povo" não está satisfeito com o seu Prefeito.
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