"Não vai ter Copa"... Em 2022 no Catar.
A FIFA tem um grande problema que precisará resolver, no mais tardar, até o final do próximo ano: a sede dos jogos da Copa do Mundo em 2022.
De momento a sede está definida, mas sob graves suspeitas de corrupção.
Agravada pelos problemas ocorridos com a comercialização dos ingressos que chega próximo ao coração da direção da FIFA, ela precisará de muito esforço e muita negociação para confirmar a sede de 2022. A maior dificuldade poderá ser com os seus patrocinadores que ficaram muito temerosos com a sua participação na Copa do Brasil, mas acabaram se dando bem. O risco delas é perda de mercado na Europa se a sua marca ficar marcada pela ligação ou até patrocínio da corrupção: "Tome Coca-Cola que já vem com um ingrediente adicional: uma pitada de corrupção".
Enfrentará também a oposição (embora não seja tão forte) das Confederações européias, submetidas a intenso calor em alguns jogos da Copa no Brasil. A promessa do Catar é construir estádios fechados e climatizados.
Terá ainda a resistência da mídia internacional porque os jornalistas terão que enfrentar percursos não climatizados, ao contrários dos jogadores e delegações que somente circularão em ônibus climatizados.
A mídia internacional, por enquanto, não é favorável à realização da Copa de 2022 no Catar e tenderá a pressionar a FIFA para mudar o local. A sua grande arma é a difusão das notícias desfavoráveis, como trazer novos casos de corrupção.
Se a FIFA tiver que mudar o local irá buscar um país que esteja preparado para sediar os jogos, sem maiores problemas.
A China será uma natural candidata, mas precisará se preparar inteiramente, apesar de ter sediada os Jogos Olímpicos de 2008. A sua parte futebolística é apenas um pouco melhor que a do Catar. Mas estão se organizado para se tornar uma potência mundial como fizeram com a economia. Levaram jogadores brasileiros experientes com Aloisio e Wagner Love. E agora o técnico Cuca, com a conquista da Libertadores com o Atlético Mineiro. E agora estão em São Paulo para um programa de intercâmbio.
Os europeus serão naturais candidatos, mas a preparação poderá envolver altos custos que os governantes das economias em crise poderão não desejar. A Inglaterra e a Alemanha seriam as principais candidatas, mas dificilmente a Alemanha seria escolhida, por questões políticas do mundo do futebol.
Os EUA poderiam ser uma forte candidata, dentro da tendência de ampliação do interesse da sua população pelo soccer. Tem enormes arenas multiuso que seriam adaptadas para jogos de futebol, como ocorreu em 1994.
A política da FIFA não é repetir a curto prazo a sede, mas há um antecedente que é o México que recebeu a Copa de 70 e teve outra em 86, com a desistência da Colômbia.
Mas diante dos riscos de crise, poderá vir a optar por essa solução e nesse caso o Brasil seria uma alternativa.
Apesar dos percalços e realizou a "Copa das Copas", e tem 12 estádios prontos. A FIFA só precisa de 8.
Se o Brasil receber a Copa em 2022 terá uma festa maior porque irá coincidir com o bicentenário da sua independência. Com exceção da Bahia. Mas o 2 de julho cairia exatamente durante o período da Copa.
Já que a Presidenta Dilma se vangloria de ter organizado a Copa das Copas deveria começar a batalhar para ser a alternativa para 2022. Com isso, pelo menos, diluiria os elevados gastos com os Estádio por duas Copas e as obras de mobilidade urbana que foram prometidas para a Copa poderiam ficar prontas.
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