Assim foi com o autombilismo com Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna, todos grandes campeões carismáticos. Um outro que era um grande corredor, mas não tinha o mesmo carisma e morreu precocemente, só ganhou o nome do autódromo, mas poucos lembram: José Carlos Pacce. Agora com a má perfomance dos brasileiros que os sucederam, apesar de todo esforço da Global, a audiência e o interesse cairam.
No tênis ocorreu o mesmo fenômeno, com Guga.
Nos esportes coletivos o importante é a equipe, mas a mídia precisa endeusar um jogador ou o técnico, para ampliar o interesse popular.
Neste momento, na Copa, o primeiro escolhido é Neymar. Que tem a figura dominadora do pai que o obriga e aos demais a chamá-lo de Neymar Jr.
Ele tem sido endeusado não apenas porque joga bem. Mas porque tem um carisma midiático. Porque se dispõe à exposição pública da sua imagem à exaustão.
O Brasil sempre teve no futebol uma figura midiática, dentro de um processo interativo entre o jogador e a mídia. Foi Pelé, foi Ronaldão. E o torcedor passa a ser visto como consumidor. Neymar aparece, é buscado pelas campanhas, é exposto porque vende. Ganha milhões, mas o seu patrocinador ganha muito mais.
Depois da Copa, vão chegar as Olimpiadas em 2016. Para manter o interesse do "respeitável público" é preciso endeusar os possíveis vencedores. Sem deuses e deusas o interesse da mídia é menor.
Tudo passa a ser um negócio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário