- o impacto sobre a Petrobras;
- a situação das "empreiteiras" envolvidas;
- o envolvimento dos ex-diretores da Petrobras, indicados pelos políticos;
- o envolvimento dos políticos no Congresso;
- o envolvimento do PT e, eventualmente de Lula e de Dilma;
- o futuro dos dirigentes empresariais presos e a serem presos.
Começando pelo fim, os dirigentes perderam ou perderão o emprego. Não tem condições de permanecerem nos cargos, embora possam até voltar para ser moeda de negociação para salvar a empresa.
As empresas precisam manter os contratos e receber pelos serviços. Nem todas vão aguentar os atrasos de pagamentos e vão "pedir para sair". O problema maior é serem consideradas "inidôneas" e ficarem impedidas de contratar com o serviço público. A principal negociação delas será com a CGU e com o TCU. Há ainda o CADE, mas o julgamento dentro deste é mais lento.
Tanto na CGU, como no TCU já foi iniciado, com sucesso, o movimento para evitar a caracterização de inidoneidade.
Com a CGU os dirigentes que não foram presos estão tentando um acordo de leniência. A menos de forte reação da sociedade civil, as empresas vão escapar e continuar sendo contratadas pelo serviço público. Uma ou outra empresa poderá ser punida, por irregularidade em contratos específicos e menores: em função de alguma delação premiada. As maiores, provavelmente, escaparão como empresas, mas seus dirigentes não.
Com a CGU os dirigentes que não foram presos estão tentando um acordo de leniência. A menos de forte reação da sociedade civil, as empresas vão escapar e continuar sendo contratadas pelo serviço público. Uma ou outra empresa poderá ser punida, por irregularidade em contratos específicos e menores: em função de alguma delação premiada. As maiores, provavelmente, escaparão como empresas, mas seus dirigentes não.
Entre os ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa aceitou a delação premiada e já tem a sua posição definida. Acabará condenado, mas a penas mais brandas.
Renato Duque, indicado pelo PT, diversamente de Paulo R Costa não operava direta e pessoalmente. Transacionava através do seu preposto, Pedro Barusco, que aceitou a delação premiada e, provavelmente, irá assumir toda responsabilidade para livrar o seu diretor e com isso todos os que estavam acima dele no esquema. Vai fazer o papel assumido por Delúbio Soares no mensalão. Já se propôs a devolver mais de 200 milhões de reais e vai alegar foram apropriados para benefício próprio e não para o seu diretor ou para partidos. Poderá dar certo ou não. Afinal é muita ambição pessoal. E quem lavou esse dinheiro todo? Só Yousseff? O que este contou a respeito?
Nestor Cerveró não escapará do processo da compra da Refinaria de Pasadena, mas tentará - com sucesso ou não - manter segredo sobre quem foram os reais beneficiados dos sobrepreços. Certamente não foi só o barão belga.
Agora mais um diretor, atualmente no cargo, foi envolvido e, no mínimo, terá que deixar o cargo. O mesmo acontecerá com Graças Foster que, embora não integrante da "quadrilha" não teve condições de tomar todas as providências para apurar os fatos, dando origem à recusa da auditora de assinar o parecer, sem ressalvas. Para restabelecer a confiança do mercado terá que sair.
A sequência ansiosamente mais esperada é a relação dos políticos envolvidos, cujo cronograma foi antecipado em função da reforma ministerial. Os envolvidos não terão condições de assumir qualquer Ministério. Mas Dilma ainda tem a possibilidade de reservar alguns Ministérios a partidos e manter o Ministro atual como interino, até que saia a lista. Como o Ministro da Fazenda não faz parte do loteamento político, a sua escolha pode ser antecipada. O jogo para a escolha poderá tirar a operação "lava jato" ou "juizo final" das manchetes principais.
Ela poderá excluir o PP e, eventualmente, até o PR, mas não poderá excluir o PMDB.
O meio político é o que está mais à beira de um ataque de nervos.
Muitos vão ter que se retirar, mas não será o "fim do mundo". Serão substituídos e com a resiliência do Congresso tudo tenderá a voltar à "normalidade". Será uma troca de guarda. O que poderá mudar é a atuação da oposição que poderá adotar as estratégias petistas de fazer oposição, não deixando o Governo um segundo sequer sossegado. Mas sofrerá a oposição do PT que, como revide, procurará trazer nomes do PSDB, que estiveram ou estão nos Governos tucanos, principalmente em São Paulo, à lide.
As grandes empreiteiras envolvidas no "petrolão" também tem vultosos contratos com o Governo de São Paulo e financiaram a campanha do PSDB.
O jogo ainda não acabou e vai esquentar.
Renato Duque, indicado pelo PT, diversamente de Paulo R Costa não operava direta e pessoalmente. Transacionava através do seu preposto, Pedro Barusco, que aceitou a delação premiada e, provavelmente, irá assumir toda responsabilidade para livrar o seu diretor e com isso todos os que estavam acima dele no esquema. Vai fazer o papel assumido por Delúbio Soares no mensalão. Já se propôs a devolver mais de 200 milhões de reais e vai alegar foram apropriados para benefício próprio e não para o seu diretor ou para partidos. Poderá dar certo ou não. Afinal é muita ambição pessoal. E quem lavou esse dinheiro todo? Só Yousseff? O que este contou a respeito?
Nestor Cerveró não escapará do processo da compra da Refinaria de Pasadena, mas tentará - com sucesso ou não - manter segredo sobre quem foram os reais beneficiados dos sobrepreços. Certamente não foi só o barão belga.
Agora mais um diretor, atualmente no cargo, foi envolvido e, no mínimo, terá que deixar o cargo. O mesmo acontecerá com Graças Foster que, embora não integrante da "quadrilha" não teve condições de tomar todas as providências para apurar os fatos, dando origem à recusa da auditora de assinar o parecer, sem ressalvas. Para restabelecer a confiança do mercado terá que sair.
A sequência ansiosamente mais esperada é a relação dos políticos envolvidos, cujo cronograma foi antecipado em função da reforma ministerial. Os envolvidos não terão condições de assumir qualquer Ministério. Mas Dilma ainda tem a possibilidade de reservar alguns Ministérios a partidos e manter o Ministro atual como interino, até que saia a lista. Como o Ministro da Fazenda não faz parte do loteamento político, a sua escolha pode ser antecipada. O jogo para a escolha poderá tirar a operação "lava jato" ou "juizo final" das manchetes principais.
Ela poderá excluir o PP e, eventualmente, até o PR, mas não poderá excluir o PMDB.
O meio político é o que está mais à beira de um ataque de nervos.
Muitos vão ter que se retirar, mas não será o "fim do mundo". Serão substituídos e com a resiliência do Congresso tudo tenderá a voltar à "normalidade". Será uma troca de guarda. O que poderá mudar é a atuação da oposição que poderá adotar as estratégias petistas de fazer oposição, não deixando o Governo um segundo sequer sossegado. Mas sofrerá a oposição do PT que, como revide, procurará trazer nomes do PSDB, que estiveram ou estão nos Governos tucanos, principalmente em São Paulo, à lide.
As grandes empreiteiras envolvidas no "petrolão" também tem vultosos contratos com o Governo de São Paulo e financiaram a campanha do PSDB.
O jogo ainda não acabou e vai esquentar.
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