domingo, 2 de novembro de 2014

Opinião pública e publicada

As classes de renda mais elevada, leitoras dos jornais e revistas se acostumaram com a idéia, difundida por esses meios de comunicação, de que são ou  determinam a opinião pública. Os colunistas e articulistas seriam os formadores de opinião.
A emergência dos rolezinhos mostrou, mais uma vez, que não é bem assim. 
Os jovens pobres das periferias urbanas mostraram, em suas entrevistas, que não são influenciados pelos colunistas dos grandes veículos da mídia, mas pelos seus próprios formadores de opinião, que não tem colunas nos jornais ou revistas semanais, mas tem um perfil no facebook, postam seus vídeos no you tube ou, quando muito, um blog. 
A formação da opinião desse público se faz pelas redes sociais e pela comunicação direta: o "boca a boca".

As eleições de 2014 fizeram emergir novamente a opinião não publicada, responsável pela derrota de Aécio Neves.

Enquanto João Santana trabalhou intensamente com ela, Aécio e sua equipe, aparentemente, a desprezou. Permaneceu na ilusão de que a opinião publicada influiria e determinaria a opinião não publicada. Não foi o que aconteceu.

Retornando à questão inicial: o que aconteceu com os "rolezinhos"? Refluiram, mudaram a sua forma, acabaram? 

Os rolezinhos são "filhos do Bolsa Família"? Em quem os rolezinhos votaram em 2014?

(este artigo foi escrito inicialmente em março de 2014 e atulizado em novembro de 2014).

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