A divulgação dos dados do CAGED confirmaram a tendência esperada por todo o mercado, menos para as autoridades governamentais que insistem ver um país "cor de rosa" fechando os olhos para a realidade sempre buscando culpados para o que acontece diverso do que desejam.
No mês de outubro houve uma redução na geração de empregos. Outubro é sempre um mês mais fraco, com alguns casos de queda. Mas nenhuma do tamanho do mês passado.
Tradicionalmente novembro tem uma recuperação, mas depois dezembro tem uma grande queda, que pode ultrapassar a 100 mil postos de trabalho fechados.
Se o ciclo se repetir, como ocorre em todos os últimos anos, o Brasil deverá criar em 2014, bem menos dos que um milhão de novos postos de trabalho, como previsto. Mas será comemorado, sob a alegação de que outros paises continuam "destruindo" empregos enquanto Brasil ainda está criando, apesar dos índices baixos.
Dois setores contribuiram decisivamente para essa queda: a indústria de transformação e a construção civil.
A indústria vem num processo de enfraquecimento persistente e sem perspectivas de uma forte retomada, a menos de uma substancial mudança da política industrial. O aumento do dólar favorecerá as exportações, porém de forma insuficiente. A inserção do Brasil na globalização é interrompida e isso não contribui para a maior dinamização da sua indústria. Tratamos dessa questão em outro artigo.
A construção civil foi a principal responsável pelo baque, mas não por conta da Copa, como alega o Ministro do Trabalho. O problema maior foi o calendário eleitoral. Muitas obras públicas foram aceleradas para terminarem antes das eleições e concluidas, no todo ou em parte relevante, demitiram os operários. Processo similar ocorreu com as obras do Minha Casa, Minha Vida.
Com a queda dos empregos do CAGED caiu o penúltimo bastião de sustentação da política sócio-econômica do 1º mandato da Presidente Dilma, que transmitirá a ela mesma um pesado fardo.
Agora só falta uma elevação da taxa de desemprego, para coroar um lamentável fracasso.
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