Em São Paulo, com a sucessiva baixa do nível das represas do Sistema Cantareira, que atende a maior parte da Região Metropolitana, os ambientalistas fazem coro às solicitações de maior economia no uso da água, mas não aproveitam para acusar os homens de serem os principais responsáveis pela carência da água, ainda que apontem as mudanças climáticas como a principal responsável.
O fato mais evidente, com o calor deste verão é que o principal consumidor da água é o sol, promovendo maior evaporação das águas represadas e não o banho mais prolongado das pessoas.
O homem tem que contribuir para não agravar a situação, consumindo menos, mas não é o principal responsável pela rápida redução das reservas de água.
Essa água se evapora das represas, vai se condensar na atmosfera formando nuvens carregadas de chuvas, fazendo a água retornar à terra. Mas não nos mesmos lugares.
Ou seja, a água evapora da represa na Cantareira, mas as chuvas subsequentes não caem sobre a mesma represa. Podem cair, com forte intensidade em outros locais, provocando inundações.
O ciclo é natural, incontrolável pelo homem. Poderia o homem interferir na localização das chuvas?
Que eventual interferência ele tem no direcionamento das precipitações?
Ou sendo os processos naturais incontroláveis, o que ele pode fazer para mitigar os seus efeitos danosos?
A questão principal não é culpar o homem pelos processos naturais que ocorrem independente de suas ações, mas entender melhor a sua dinâmica e como conviver melhor com aqueles.
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segunda-feira, 3 de março de 2014
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