sábado, 1 de março de 2014

Contabilidade Nacional Criativa?

Segundo as contas do Governo, levantadas pelo IBGE, o PIB brasileiro, em 2013, cresceu, 2,28%, arredondado para 2,3%. Um resultado baixo, porém melhor que dos paises mais desenvolvidos, o que foi saudado como um excelente resultado.
E não teria crescido mais em função da crise internacional e do baixo crescimento das maiores economias mundiais. O Governo poderia ter dito mais: apesar da ajuda brasileira que teve um crescimento de 8,37% nas importações: uma taxa espetacular para ajudar os paises exportadores. 

Quando se atribui a evolução do PIB brasileiro ao forte crescimento dos investimentos, ou nos termos técnicos a Formação Bruta de Capital Fixo, está se escondendo o fato de que esses foram supridos, majoritariamente,  pelas importações. Não ajudou a aumentar a produção nacional.
A indústria brasileira de transformação, assim como a da construção continuaram com taxas baixas, abaixo da média do PIB. Ou seja, contribuiram negativamente para a taxa de evolução do PIB. 
A taxa de 2,3% decorre da taxa dos serviços (2,03%)e que contempla  60% da formação do PIB. A agropecuária, apesar do aumento de 7% pelo seu peso menor na economia, contribui com apenas 17% do crescimento, enquanto a variação dos serviços correspondeu a 53%. Ou seja, o crescimento do PIB continua vinculado ao crescimento dos serviços. 

A curto prazo os investimentos não influenciam a produção nacional, pois esses estão sendo feitos majoritariamente mediante importações. Presume-se que aumentará a capacidade produtiva, o que é mera esperança.

Voltamos a ser uma economia dependente.


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