O menor custo de transporte coletivo por passageiro é do metrô, embora o valor do investimentos por quilometro seja maior. Esse indicador é muito usado para defender a alternativa ônibus e se opor aos investimentos no metrô, caracterizadas como muito elevadas.
O indicador correto é o investimento por momento de transporte. Esse conjuga a quilometragem pelo número de passageiros transportados nessa distância.
A experiência da concessão da linha 4 - amarela, credencia a expansão da malha metroviária mediante PPPs ou mesmo por concessões comuns ou plenas, com a responsabilidade das obras também pelo concessionário.
Os problemas com o Minstério Público, com o Tribunal de Contas e outros órgãos de controle, assim como as greves dos metroviários empurram o Governo a preferir a concessão em substituição à operação direta.
Uma greve contra uma empresa privada é essencialmente econômicas. Uma greve contra uma empresa estatal envolve sempre conotações políticas.
Tecnologia e capacidade de execução existem. Empresas interessadas também. As questões críticas estão ainda na modelagem financeira e nos riscos de demanda.
A modelagem financeira depende do BNDES. Mas a principal fonte de recursos é oriunda dos trabalhadores, mediante as contribuições do FGTS e, complementarmente, do PIS-PASEP. A eventual ampliação dos recursos para o investimentos na expansão da rede metroviária depende dos respectivos conselhos dos Fundos.
A quantificação da demanda se torna cada vez mais complexa, em função das conexões da malha. Quando as linhas eram lineares e isoladas as pesquisas Origem-Destino eram suficientes para estimar a provável demanda.
Com as articulações é preciso calcular os índices de transferência e de preferência de rotas.
Sou usuário da linha amarela, com origem no Butantã e para ir a um escritório na Boa Vista, prefiro descer na República para tomar a Linha Vermelha até a Sé e fazer o resto do percurso a pé. O meu colega parte da mesma estação, mas prefere ir até a Luz e passa para a Linha Azul para chegar na Estação São Bento. Na volta preferimos ir até a Luz, porque é o ponto inicial. No caso não há grandes diferenças, pois tanto a Linha Azul como a Vermelha são operados pela Cia do Metrô, uma empresa estadual. Como ficará a distribuição da demanda quando as linhas alternativas forem exploradas por empresas distintas?
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