quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Não vou desistir!

Ontem diante do que senti como uma grande injustiça com o Brasil, com a morte de um jovem e promissor líder político em contraposição à sobrevivência de velhas raposas, de "vasos ruins" que nunca quebram, a vontade foi desistir do pais. 
Como Eduardo Campos tenho 5 filhos. Mas diferentemente do falecido que no domingo comemorou o seu aniversário e o Dia dos Pais, reunido com todos os seus filhos, ainda morando com ele, apenas dois estavam comigo. Três estão, de forma permanente, no exterior, todos casados com naturais do país estrangeiros. Já haviam desistido deste infeliz país.
Confesso que também fiquei tentado a desistir. A primeira seria parar com este blog. 
Mas, ao longo do dia, acompanhando o noticiário e a repetição da sua última entrevista, com o seu discurso final, conclamando para que os brasileiros não desistam do país, desisti de desistir. 
É o seu principal legado para o país e vou atendê-lo.
Vou continuar aqui, analisando e discutindo o futuro do país.

Com a sua prematura morte o Brasil percebeu o que poderia vir a ocorrer. Apesar do seu pouco tempo no horário obrigatório, a visibilidade maior, como já havia ocorrido na véspera da tragédia, mostraria ao Brasil um novo perfil de político e ele cresceria nas pesquisas, como ocorreu na sua primeira eleição para Governador de Pernambuco, embora lá com condições especiais (neto do " Arraia").

Ele percebeu a renovação desejada pelos jovens de classe média, aqueles que foram às ruas em junho de 2013 e que tem em Marina Silva o seu ícone. Chamá-la para seu sua vice, contrariando os velhos políticos do PSB, alguns dos quais autênticos socialistas, mas defasados da realidade brasileira, foi um lance político de grande envergadura. Não foi por oportunismo, mas por crença real. Com isso foi superando as desconfianças, de lado a lado.

As duas primeiras entrevistas do Jornal Nacional, focaram a consciência ética do candidato. As indagações de Bonner e Poeta não foram para obter uma resposta concreta, mas provocar uma reação "corporal". Técnicas policiais ou de torturadores para perceber se a vítima está sendo autêntico, mentindo ou falseando. 

Com Aécio foi o seu comportamento em relação ao aeródromo em área dominada por parentes. Com Campos foi a sua atuação na designação de sua mãe ao Tribunal de Contas da União. 

Escapou incólume. Não mostrou qualquer arrependimento ético. Poderia ser por cinismo ou por convicção de que agiu corretamente. Prevaleceu a segunda imagem.

Dilma é a mais preparada para enfrentar essa situação. Tem antecedentes que os seus adversarios não tem. Já foi interrogada com rigor e até mesmo torturada. Mas na sua vida politica perdeu autenticidade, para manter o poder do PT. 


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