domingo, 10 de agosto de 2014

O bom e o ruim dos estádios para a Copa: o papel da arquitetura esportiva

O Brasil construiu ou reformou doze estádios para abrigar jogos da Copa do Mundo da FIFA - 2014. Estão sendo muito criticados pelo elevado investimento e perspectivas de se tornarem elefantes brancos.
Para os críticos, principalmente os da esquerda, os investimentos foram feitos para favorecer os grandes empreiteiros, que teriam ganhos contratos com valores superfaturados, supostamente para repassar parte para os políticos que os contrataram ou promoveram a sua contratação.
Uma lista das empresas que construiram ou reformaram os estádios reforça as suspeitas. Dos doze estádios, 4 tiveram a participação da Odebrecht (Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo). Os estádios de Manaus, Brasília  e Porto Alegre foram construidos pela Andrade Gutierrez. A OAS conduziu as obras de Salvador (com participação da Odebrecht), Natal e teve participação na obra do Maracanã. Em Belo Horizente, Fortaleza e Cuiabá, as obras ficaram a cargo de construtoras pesadas do segundo escalão. Apenas em Curitiba não houve a participação de uma das grandes, sempre colocadas sob suspeita pelos opositores.

Nesse processo ficaram obnubilados os projetistas dos estádios, todos eles projetados de forma e concepções as mais modernas dentro da arquitetura esportiva e da sustentabilidade.

Uma primeira questão é: qual é (ou foi) a responsabilidade dos arquitetos projetistas pelos elevados custos dos estádios? Adotaram os partidos mais caros, em vez de soluções mais econômicas?

Isso parece ter ocorrido em alguns dos estádios.

A alegação geral é que os valores ficaram elevados por conta das exigências da FIFA. Mas como essas são gerais, aplicáveis para todos os estádios, as diferenças de investimentos por assento não deveriam ser significativas, como tem sido apresentados.
(cont)

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