O Brasil sempre se considerou um país do futuro. Mas ao longo dos anos pouco cultivou novas lideranças, com os mais velhos dominando a política nacional e cooptando os emergentes que já chegavam velhos quando assumiam posições de destaque. Quem pretendesse ser independente era massacrado.
O Brasil ainda é dominado pelos Sarneys, Temers e outros, acompanhados por novos não tão novos.
Dilma emergiu nacionalmente com Lula, em 2003, já não tão jovem, mas ainda uma esperança de renovação que não se concretizou.
Aécio é relativamente novo, mas ainda integrante da velha política.
A única esperança de renovação emergiu com Eduardo Campos.
Dificilmente seria eleito agora em 2014, mas estaria lançando as bases para 2018.
O Brasil poderia postergar mais uma vez o seu futuro, mas já teria uma perspectiva.
Agora, perdeu prematuramente até essa perspectiva.
Ontem, no que seria a sua última aparição pública, em entrevista ao Jornal Nacional lançou um chamamento de esperança: "não desistam do Brasil".
Ainda sob o impacto da sua morte, a propensão é de desistir.
O Brasil perdeu, e de forma trágica, mais uma oportunidade de realizar o futuro.
A morte de Eduardo Campos não foi apenas a morte de um jovem líder: foi também do futuro do país.
"No creo en brujas, pero que las hay, las hay". A maldição do agosto caiu sobre nós: 60 anos depois.
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Talvez seja o universo conspirando a favor dessa nova postura, de bom senso e equilíbrio do Eduardo Campos, e permita que sua vice, Marina Silva, capitalize todo o foco que essa morte trágica vai potencializar, possibilitando que esse povo, que ainda se influencia por esse malfadado populismo, produzido pelos marqueteiros de plantão, possa rever seu voto...
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