Jair Bolsonaro mantém o apoio do seus fieis seguidores que representariam cerca de 30% do eleitorado.
Um apoio popular suficiente para influir nas decisões do Congresso e evitar a eventual aprovação do seu impeachment.
Ademais é uma turba fanática que irá às avenidas na sua defesa, ocupando o espaço para não deixá-lo para os contrários. Os quais estão muito quietos.
Como Bolsonaro só se orienta em função desse grupo, que para ele representa a totalidade do "povo brasileiro" não vê necessidade de mudar a sua atuação. Seguirá sendo o Bolsonaro de sempre.
Os 30% podem não serem suficientes para garantir a sua reeleição em 2022. Poderá ser suficiente para chegar a um segundo turno, mas não garante a sua vitória, que será de um antibolsonarista radical.
As eleições de 2022 tenderão a repetir as de 2018, mas com sinal trocado.
A saída de Moro não teve um grande impacto na composição dos apoios. Os fiéis seguidores consideraram Moro um traidor e mantiveram o seu apoio a Bolsonaro. Os "moristas" puros, não bolsonaristas, seriam poucos.
Esses seguem confiando cegamente em Bolsonaro, acreditando que ele é absolutamente isento de corrupção e contravenção penal. Mas Bolsonaro teme que as investigações sobre a rachadinha, o assassinato de Marielle Franco, a origem da fake-news e financiamento dos movimentos de rua a ser favor, alcancem os filhos ou mesmo a ele. Isso poderia fazer com que ele perdesse uma fatia adicional do apoio, caindo para abaixo de 30%.
Poderia ainda ser o suficiente para uma forte mobilização popular a seu favor, para se opor ao impeachment.
Na prática, nem seria iniciado. Rodrigo Maia, não se arriscaria a colocar o processo em marcha, sem ter uma visão - relativamente segura - do sucesso.
A principal parcela do seu apoio é ainda de parte do empresariado - tomado pelo temor do retorno do PT - mas que tem em Paulo Guedes o guardião de uma política econômica segura.
Se Bolsonaro perder esse apoio, entrará numa faixa de alto risco.
Esse empresariado está cada vez mais exigente, mais do que o Centrão.
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