segunda-feira, 4 de maio de 2020

Foi pra rua e chamou pra briga

A vida de Jair Bolsonaro, não está fácil. Durante a semana enfrenta disputas políticas em meio a um crescente número de contaminados e mortos pela "gripezinha". No sábado, uma aparente acomodação às circunstâncias prenuncia uma turbulência no domingo, que - em mais um dia radioso - foi pior que o esperado.
Bolsonaro saiu às ruas e chamou os seus inimigos para briga, com apoio da sua torcida organizada, cada vez mais intolerante, fanática e violenta. O público fardado assistiu, dividido. Mais distante, o Ministro da Saúde foi a Manaus conferir, com os seus próprios olhos, se realmente estão mesmo morrendo, aqueles que a Rede Globo e outros estão noticiando.
A semana "vai ser quente" apesar da temperatura climática estar baixando. O número de infectados e de mortos por conta do coronavirus vai continuar subindo. Governadores e Prefeitos que pretendiam abrandar as restrições já estão anunciando a continuidade dessas. Alguns já vão ampliar. O "lockdown" vai chegar a algumas cidades: distantes de Brasília e de São Paulo.
A revolta entre os de maior renda vai aumentar. Os de menor renda já estão acostumados e o auxílio emergencial não só vai conter uma revolta maior, como já está aumentando a aprovação do Governo Federal. O risco não está em fome, falta de abastecimento, mas em eventual ações violentas contra agências da Caixa Econômica.
Bolsonaro vai continuar desafiando o Judiciário e vai perder mais que ganhar, isto é, se conseguir marcar, pelo menos , o "gol de honra", na goleada.
Os "famintos" não são aqueles que os bolsonaristas dizem que vão morrer de fome, por conta do isolamento social. São aqueles do centrão, que estão a "pão e água", desde o início de 2019, e ávidos por uma desforra, avançando sobre cargos federais. Mas uma grande parte está ocupada por oficiais militares que formam a base de apoio de Bolsonaro dentro das Forças Armadas. Desalojá-los pode causar perda de apoio. 
A semana, diversamente do que Jair espera não lhe será favorável, mas conturbado. O menor dos problemas será a pressão para que a Polícia do seu aliado Ibaneis, investigue, identifique e prenda os agressores, das enfermeiras durante a semana e dos jornalistas no domingo. 
Vai ter que inovocar muito Deus, para a que a semana passe rápido e ele possa ir ao ar livre de Brasília, para se encontrar e se confraternizar com o "seu povo", no "findi".  O único que lhe dá alguma alegria.

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