Muito tem se falado sobre a mudança de hábitos que irá conformar o "Novo Normal". Este será centrado sobre o "fique em casa", seja de trabalho, como de educação, entretenimento, etc.
Eu mesmo, escrevi aqui sobre o tema.
Ontem, participando de uma webinar sobre os cenários Bolsonaro, percebi que a política não entrou no Novo Normal.
As discussões são as mesmas, voltadas ao passado e analógicas.
Propus, aos debatedores e aos participantes uma reflexão sobre o que seria uma "Nova Politica Normal", de base digital.
O que teria avançado mais seriam os aplicativos, principalmente os que permitem disparos de mensagens em grande escala. Passaram a ser utilizados para disseminar "fake news".
Fake news não é novidade em política. Sempre houve mas com disseminação relativamente reduzida, pelas limitações dos meios de comunicação: os veículos eram tradicionais, analógicos como a midia impressa, o rádio e mais recentemente o noticiário televisivo. O mais tradicional era a "rádio peão". Eram mais a divulgação de boatos do que de notícias falsas. Embora já existissem e eram usadas para descontruir adversários políticos.
A principal novidade e mudança ocorreu nos meios, através da tecnologia. Essa propiciou a criação das chamadas redes sociais, como o falecido orkut, o facebook, twitter, instagram e outros. Os aplicativos incorporados ao telefone celular, mudaram o perfil de funções desses, transformando-os em amplo meio de recepção de comunicações, substituindo o rádio e mesmo a televisão. Na sequência vieram os robôs de multiplicação instantânea das mensagens, tendo como unidade sete dígitos, isto é, um milhão.
Os avanços tecnológicos para os meios dos processos eleitorais estão mais evidentes. Já os conteúdos não.
Não basta saber usar os instrumentos disponíveis pela tecnologia. É preciso mudar a cabeça: passar do analógico ao digital. Envolve uma mudança cultural.
Quais seriam então os conteúdos do Novo Normal da Política?
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