sexta-feira, 29 de maio de 2020

Ataque contido e certeiro

Ensinam os livros de estratégia de guerra que uma das formas - talvez a melhor - de enfraquecer o inimigo é destruir o seu arsenal de armamentos e munições. Ou os seus equipamentos de guerra (aviões, tanques e outros). 
O Ministro Alexandre de Moraes, diante dos ataques aos Ministros do STF, desferiu um ataque aos arsenais secundários dos seus adversários. Ataque parcial, quase tímido, mas com recado de limitou a investida. Mas se não cessarem os ataques contra o Supremo, irá investir contra o arsenal principal. Esses sentiram o golpe e reagiram furiosamente, mas apenas verbalmente.
Estamos diante de novas guerras, com formato inteiramente diferente das anteriores. As guerras tradicionais eram de destruição física do inimigo, com o desenvolvimento de armamentos cada vez mais sofisticados. 
O coronavirus ataca as pessoas, sem destruição física. Não adiantam os mísseis para combatê-lo. Enquanto não se tiver uma vacina que é a principal arma de defesa, a alternativa é o isolamento social, para reduzir a sua difusão. 
Já na guerra política digital o principal objetivo é destruir reputações. A arma as "fake-news", notícias falsas com o objetivo de desconstruir a imagem do alvo. Parte de uma Central de criação das fake-news, amplos mecanismos de difusão, usando os aplicativos existentes, através de robôs.
Ao apreender os computadores dos suspeitos da produção e disseminação das fake news e dos supostos financiadores recolhe os armamentos. Ao bloquear as contas, contém as munições. Sem essas, os atacantes do STF ficam enfraquecidos e terão que buscar novas alternativas. Já o Supremo ainda guardou muita munição. 
Com muito mais "poder de fogo", desenvolverá uma estratégia de persuasão. Se o inimigo não recuar irá para o confronto. 



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