sábado, 16 de maio de 2020

Escolhas

Nelson Teich tem um mantra: "a vida é feita de escolhas".
Fez boas ou as escolhas certas na sua carreira profissional e pessoal o que lhe proporcionou sucesso profissional e enriquecimento como empresário do setor de saúde. É um profissional altamente respeitado no seu meio.
Diante da oportunidade de assumir o Ministério da Saúde, diante de uma grave epidemia, fez uma escolha, em relação ao seu futuro. Se perguntou ao seu Mestre, ele deveria ter lhe dito: "Nunca rejeite uma oportunidade da qual você pode ser arrepender o resto da vida."
Convidado, aceitou o desafio, apesar de saber das dificuldades e restrições: principalmente dos riscos.
Escolheu aceitar para avaliar na prática até onde poderia chegar, com as suas visões, formação e experiência, para atender às imensas necessidades sanitárias do país.
Aceitou a partir de uma visão parcial, preconceituosa e equivocada do Sistema Público de Saúde, o SUS, mais criticado pelas suas deficiências do que pelas suas qualidades. Chegou com a ideia de um planejamento estratégico, para ser aplicado a partir de um amplo diagnóstico. Achando que o seu antecessor não havia feito isso. Percebeu uma realidade bem diferente do que ele tinha no seu imaginário. Caiu no meio de uma guerra em andamento, tendo que adotar as medidas concretas, mesmo sem ter todas as informações desejáveis.
Ao perceber as limitações ao seu trabalho, principalmente a quebra da promessa do Presidente de lhe ouvir e conversar sobre as politicas e ações na área da saúde, fez uma nova escolha. Sair para não comprometer a sua biografia. 
Uma coisa são as limitações de atuação, outra é ser obrigado a aceitar executar o que ofende o seu compromisso profissional e os seus valores éticos. Não ter o apoio do Presidente, para as suas estratégias era esperado e ruim, mas aceitável. O que ele "não engoliu" foi ter o Presidente como o principal opositor e, pior, como sabotador de suas estratégias.
Escolheu sair.


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