Dilma Rosseff, a Presidente do Brasil, recusou um convite
especial de visita de Estado aos EUA,
com direito a recepções em grande estilo e conversa em particular com o
Presidente Obama.
Tudo por conta de notícias divulgadas pela mídia brasileira
de que órgãos de segurança norte-americanas interceptaram comunicações dela.
Essa mesma mídia divulgou que esses mesmos órgãos de segurança tinham
“bisbilhotado” a Petrobrás o que logo foi considerada uma espionagem econômica.
Dilma ficou furiosa, indignada. Mas porque ela é “pavio
curto” e reagiu emocionalmente às notícias do programa de televisão mais visto
no final de semana, ou por que recebeu cópias
de transcrições de conversas particulares suas?.
A decisão de cancelar a viagem não foi pela suposta falta de
desculpas e respostas convincentes do Governo Norte-americano às voltas com mais um
massacre, dessa vez perto dos locais da “bisbilhotice”.
Foi por motivos estritamente internos e político-eleitorais.
Tanto que foi tomado pelo Grão Conselho de Marketing Político do Governo, que
além do ex-Presidente Lula, tem o
marketeiro político-mor João Santana e o assessor de comunicação Franklin
Martins. Tudo em vista das eleições de 2014 na qual Dilma é candidata à
reeleição e como a única alternativa viável para manter o PT no poder.
O episódio e a reação emocional da Presidente foi avaliada
como altamente positiva nas circunstâncias atuais, com parte do Governo acuado
por denúncias de corrupção e os “mensaleiros” submetidos a um processo de
severas condenações e o prestígio popular da Presidente, em baixa.
A avaliação sobre cancelar, ou pelo menos, adiar (o que
efetivamente ocorreu) foi baseado inteiramente sob a ótica das repercussões
internas. Uma posição firme de Dilma Rousseff, contrapondo-se a Obama,
considerado o Presidente mais poderoso do mundo, traria maiores dividendos
eleitorais.
Ademais satisfaria os “companheiros” de esquerda,
tradcionalmente anti-americanos. Não os
atendeu inteiramente, porque eles queriam o cancelamento da viagem, com
declarações de ruptura.
Um cancelamento combinado com o Governo norte-americano
permite o desenvolvimento da versão que interessa eleitoralmente. A versão que
for difundida internamente pouco coincidirá com a percepção e divulgação
externa, mas isso não tem a menor importância para o Governo. A quase
totalidade do eleitorado brasileiro não lê nem ouve o noticiário internacional.
Só interessa difundir a versão interna, voltada ao eleitor
brasileiro.
E quanto às informações “bisbilhotadas”?
Não tem maior importância, porque nem tudo que foi coletado
nas varreduras gerais foi analisada e o que foi analisado e relatado não é com
base nas informações sigilosas. O Brasil não é alvo da espionagem
norte-americana, embora a mídia brasileira sensacionalista e o Governo querem
fazer crer.
Por outro lado, usando uma expressão do ex-Presidente
Lula “todo mundo faz”.
E as relações diplomáticas e econômicas da recusa? É um
trabalho para o Itamaraty limpar a
sujeira.
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