João Pessoa, capital da Paraiba, até 2040 deverá sofrer profundas mudanças tanto em função dos investimentos que estão sendo feitos em Goiana, perto da divisa do Estado, com Pernambuco, como da natural expansão e transformação urbana.
A nova fábrica da Fiat, assim como outras grandes unidades industriais estão sendo implantadas em território pernambucano, gerando - a médio e longo prazos - elevação da receita tributária do Estado e do Município já que a curto prazo dispõe de benefícios fiscais.
Porém a curto prazo o impacto maior será na Paraíba e, particularmente, em João Pessoa, um grande centro urbano, mais próximo da fábrica do que do Recife e com boas condições de mobilidade, diversamente da entrada da capital pernambucana, persistentemente congestionada.
Não só a distância é menor, ainda que com pequena diferença, como o tempo de viagem será muito diferente com grande vantagem para João Pessoa.
João Pessoa será a principal "cidade dormitório" dos funcionários graduados da Fiat e demais fábricas, gerando renda pelos seus gastos e movimentando o mercado imobiliário.
Por condições logísticas o principal centro da cidade irá se transferir para o litoral, provavelmente tendo a região de Tambaú como o principal polo de escritórios e comércio e, consequentemente, de geração de empregos.
O setor de hospitalidade (hotelaria e gastronomia) deverá ser o grande empregador da mão-de-obra semi-qualificada, estendendo-se por todo o litoral de João Pessoa e tendo Mangabeiras como o principal supridor dessa mão-de-obra.
Mangabeiras desenvolveu um grande comércio popular, concorrendo com o centro tradicional, devendo ocupar esse papel contribuindo ainda mais para o esvaziamento deste.
O Poder Público tentará manter o centro histórico como o principal hub do transporte coletivo, última das atividades centrais, mas o desenvolvimento do mercado imobiliário tenderá a transferi-lo para outra região, mais próxima de Mangabeiras e demais concentrações periféricas.
O principal eixo do transporte coletivo deverá ser entre Mangabeiras e o polo hoteleiro, cabendo a implantação de um corredor de BRT.
O centro histórico terá uma parte como "cidade-presépio", mas terá que buscar outras funções diversas das tradicionais para evitar a sua total deterioração.
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