Dilma tinha uma condição muito favorável para a reeleição. Com um patamar mínimo, assegurado pelos eleitores beneficiados direta ou indiretamente pelos programas sociais, precisava conquistar uma parte do eleitorado urbano, das grandes cidades, com as suas propostas. Precisava ainda se contrapor aos programas dos adversários.
O seu risco maior estava em dois "fantasmas" na sua trajetória: a carestia e o desemprego.
Para enfrentá-lo adotou medidas para conter e vencer no primeiro turno. Não conseguiu e agora a carestia voltou com ingredientes altamente negativas contra ela.
Os economistas estão preocupados com a inflação e influenciam a opinião publicada com uma sucessão de índices incompreensíveis.
Para o consumidor, em geral, integrantes da opinião publicada, como a não publicada, carestia é o aumento de preços no supermercado, na feira, na quitanda e qualquer outro centro do varejo. Esse aumento não precisa ser geral, tampouco compensado entre os que sobem e o que caem, como ocorre na composição dos índices gerais.
A carestia pesa no bolso, mas alguns produtos tem maior valor simbólico na percepção do consumidor. A elevação de preços do pãozinho e do leite geram uma sensação de carestia maior do que o do xuxu ou do tomate.
O problema maior, atualmente, é o aumento da carne. Natural em função da entressafra e agravada pela seca. Mas a carne que sempre foi um produto genérico passou a ter marca, o que dá nome e sobrenome ao vilão.
Se antes a carestia provocada pela carne bovina tinha responsáveis mal definidos, podendo ser o produtor, o criador o frigorifico, com uma grande campanha publicitária a carne passou a ter um "dono".
A carne está mais cara: é Friboi?
A JBS, dona da Friboi é a maior financiadora da campanha de Dilma.
Não faltará algum maldoso que associe o aumento da carne à necessidade de irrigar a campanha da reeleição, ou para benefício dos supostos donos ocultos.
Não é a realidade, é boato, mas em campanha eleitoral que se "faz o diabo", o que vale é a versão. E essa não é favorável a Dilma.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2014
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