domingo, 26 de outubro de 2014

O pássaro misterioso ataca de novo

Não foi a primeira vez, nem será s última. A Veja tem um pássaro misterioso, meu concorrente, que vê o que não foi mostrado, ouve o que não foi dito.
E coloca na primeira página da revista, transcrevendo uma suposta conversa, plausível, mas que os outros não ouviram: Diz o doleiro: O Planalto sabia. Indaga o delegado: Planalto quem? Lula e Dilma, responde o doleiro.

A Veja conseguiu o que queria. Não apenas o aumento da circulação da revista, mas a sua repercussão. Provocou e conseguiu. Os primeiros ataques seriam junto ao Judiciário. Conseguiu se safar, em termos. Queria mesmo que a revista fosse impedida de circular, porque ai acusaria de censura e teria repercussão maior. O Judiciário não "caiu nessa", mas determinou algumas providência inócuas.

Mas a provocação à militância deu certo. Um grupo jogou lixo em frente à sede da empresa, pixou e vandalizou. A editora poderia ter evitado danos maiores, chamando rapidamente a polícia que estava próxima. Mas deixou que ocorresse para criar o fato. E conseguiu maior repercussão do que com a revista em si. Provocou o instinto animal dos petistas e conseguiu o que queria: a reação descabida.

O impacto sobre o eleitorado é forte. Afinal, Dilma sabia ou não sabia. Ela reagir indignada, mas não afirmou categoricamente que não sabia. Colocou o seu currículo de combate à corrupção que não é verdadeira. Ela cedeu em vários momentos. E deixou a dúvida junto aos eleitores indecisos. Ela é confiável?

As reações foram as piores. Ela pode ter convencido o eleitor indeciso ou flutuante de que não sabia. Mas e Lula?
Sabia? Se Lula sabia o que ela estava fazendo lá?

A sua vantagem é que apesar da repercussão o alcance ainda é pequeno, em relação ao conjunto do eleitorado. Mas pode ter afetado uma pequena parcela que irá decidir a eleição. 

O vírus da dúvida está no ar. O quanto vai contaminar o eleitor só se saberá hoje após as 20 hs, horário de Brasilia. 

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