sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O que mantém Dilma na dianteira nas pesquisas?

O centro absoluto da politica do PT, desde a assunção de Lula na Presidência, em 2003, tem sido a redução da pobreza e da desigualdade social.
Essa política assegura uma base  em torno de 1/3 do eleitorado. Os beneficiados são gratos ao Governo, melhoraram de vida e votam pela sua continuidade. 


O mecanismo que foi montado com a distribuição direta dos valores, sacados mediante um cartão na Caixa Econômica Federal, sem direcionamento e controle dos gastos, fez com que a quase totalidade dos mesmos circulasse dentro das comunidades dos beneficiados diretos favorecendo os comerciantes e prestadores de serviços àqueles. Enquanto os efeitos diretos dos programas sociais permitiram um grande volume de brasileiros sairem da miséria e da pobreza os efeitos indiretos, facultaram a emergência de uma nova classe média.

Os beneficiários diretos dos programas sociais tem certeza da continuidade dos programas com Dilma e tem dúvidas com relação aos demais candidatos. De uma parte do PT fez uma campanha "terrorista" afirmando que os adversários iriam acabar com o bolsa família e outros programas. Por mais que os adversários de Dilma afirmem que não irão interromper os programas os beneficiários diretos parecem não querer se arriscar.

Com o suporte nessa aceitação popular o PT montou um projeto de poder, que tem levado a graves distorções e rejeição por parte das classes de maior renda. O projeto de poder compreende o amplo aparelhamento da máquina estatal, utilizada em benefício partidário ou pessoal.

A principal distorção tem sido a corrupção, expandida em todos os sentidos. O tema emerge nas campanhas eleitorais e amplia a rejeição ao PT e seus candidatos por parte camadas de maior escolaridade e renda.

Nessas, no entanto, há segmentos esquerdistas que apoiam a política redistributiva do PT e, pelas razões ideológicas, relevam os desvios éticos, com racionalizações psicológicas. Essas são pontuadas nas manifestações da presidente Dilma Rousseff.

O fiel da balança passa a ser a nova classe média emergente. Uma parte mantém a sua gratidão ao PT por entender que o governo propiciou a sua ascensão sócio-econômicas e melhorou as suas condições de vida. Uma outra parte entende que essa melhoria não foi uma concessão, mas decorrente do seu esforço pessoal. Aceitam que houve condições de contorno favoráveis, mas não o creditam inteiramente ao Governo e "querem mais". Querem mudanças e não votariam pela continuidade do PT.

O tamanho de cada uma dessas fatias dessa nova classe média definirá o resultado final das eleições.

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