sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O grande erro tático de Aécio

Dilma tinha muito contra ela para levá-la a perder a eleição. Mas agora quem tem maior risco de perder é Aécio. Infelizmente nesta eleição de 2014 ninguém vai ganhar: vai ser um jogo de perde-perde.

Aécio cometeu vários erros, nesta campanha do segundo turno, mas o pior foi ter reagido mal e deixado colar a ele a imagem de "filhinho de papai". O que não foi difícil porque ele tem o estereótipo dessa imagem, já defasada no linguajar do "sul maravilha", mas ainda muito presente no Nordeste.

Lula usou essa imagem, e passou a reiterar quando percebeu que "colou". E Aécio reagiu mal. Contestou Lula, mas não levou à público uma imagem positiva. Ficou na defensiva e levou gol.

Onde estava Aécio quando a sua adversária, um "coração valente" lutava contra a ditadura? Escondido atrás das calças do pai?

Aécio estava nas ruas, junto com o seu avó Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro e outros na linha de frente contra a ditadura e defendendo "Diretas Já". Lula, como FHC eram coadjuvantes nesses processo.

Isso está documentado, fotografado, filmado.  Não é história, para ser contada. E Dilma não está nas fotos. Lula está.

Se no domingo o povo brasileiro irá tranquilo votar, numa operação simples (exceto em Niterói, por incompetência tecnológica e burocrática) é porque nos anos oitenta, as lideranças democráticas, mobilizaram esse povo, para derrubar a ditadura e alcançar o voto direto.

O "coração valente" dessa luta é Tancredo Neves e seu "netinho lutador". Não é Dilma, trazida à tona por Lula e seu marketeiro. Mas Aécio deixou que ela se apropriasse desse papel da "maior guerreira a favor do povo brasileiro" deixando a ele o papel de "coxinha" defensor dos ricos.

Imagem é tudo. Aécio perdeu a batalha da imagem.





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