Aparentemente o PAC 1 influiu favoravelmente para a eleição, em 2010, de Dilma Rousseff, "vendida" pelo marketing politico-eleitoral como a "mãe do PAC".
O PAC 2 será um elemento positivo ou negativo para Dilma em 2014?
Em 2010 ela foi a "mãe" de um filho bem sucedido. Depois de muitos anos de paralisação dos investimentos público em infraestrutura, o PAC 1 representou um grande avanço e uma enorme visibilidade de realizações governamentais.
O Brasil havia retomado o seu ritmo de crescimento, havia a sensação de que "afinal" estava decolando em direção ao seu glorioso e merecido desenvolvimento, alcançando uma posição de topo entre todos os países do mundo.
O Brasil havia "descoberto as maiores reservas de petróleo", até então conhecidas, tornar-se ia inteiramente auto-suficiente e até exportador, com Lula antecipando a discussão sobre a tal "doença holandesa" e a questão da distribuição dos royalties.
Dilma , em 2010, significava a continuidade de um Governo, economicamente bem sucedido, segundo o imaginário popular e o povo a elegeu.
O que estará no imaginário popular em 2014? O que influenciará nas eleições?
Esse não é formado pela verdade dos fatos, porém pelas suas versões.
Em função disso o Governo usa imensos recursos, das sua verbas de publicidade, assim como dos discursos governamentais para "vender" a sua versão.
O quanto essa movimentação conseguirá ou não convencer o povo terá influência sobre o voto do eleitor, em 2014.
A oposição tentará mostrar que o Governo Dilma foi uma frustração, não cumprimento o que dele se esperava. As grandes esperanças do Brasil teriam se "esfumaçadas".
O Governo, do outro lado, se empenha e se empenhará em mostrar o lado positivo, usando o momento atual para "vender" a ideia do grande sucesso do leilão de Libra, concretizando a grande transformação esperada.
O fato é que a operação Libra, como leilão, foi um fracasso, pois esse não ocorreu, com a apresentação de uma única proposta, pelo valor mínimo. Por outro lado foi um sucesso porque houve uma proposta, com a participação de dois importantes grupos privados (Shell e Total) não ocorrendo uma licitação vazia, como os pessimistas esperavam. Cada parte tentará vender a sua versão do fato.
Por outro lado, qualquer resultado efetivo só ocorrerá a partir de 2016 e há o risco do "efeito Eike Batista". Ou seja, grandes promessas, grandes expectativas e esperanças e quando afinal os seus poços começaram a produzir a produção efetiva foi bem menor que o previsto. A frustração levou ao baque do Grupo X e, junto com ele, a imagem do país junto aos investidores, tanto nacionais como internacionais.
Poucos contestaram as versões de Eike. O imaginário popular (e não popular) acreditou na versão do novo herói empresarial brasileiro, um novo "Barão de Mauá". Só não lembrou que esse também acabou falido.
O que prevalecerá no imaginário do eleitor, em 2014?
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