segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Smart city e smart citizen

Smart city, ou Cidade Inteligente  é uma das novidades, prestes a se tornar moda, dentro das questões urbanas. Vem sendo difundida pela IBM e outras grandes empresas do setor da tecnologia da informação, interessadas em vender os seus equipamentos ou sistemas.
Porém não existe smart city, sem o smart citizen, ou seja o cidadão inteligente que usa os recursos da informática para atender as suas necessidades públicas dentro da cidade.
A cidade inteligente é uma condição essencial para melhorar a mobilidade urbana, partindo da visão de logística urbana.
Congestionamento não é um  fenômeno genérico, porém específico. 
Num dado momento, nem todas as vias urbanas estão congestionadas, mas algumas estão e outras não.
Algumas podem estar congestionadas todo o tempo. Outras só nos horários de pico ou por situações ocasionais, como em decorrência de um acidente.
Medições feitas pelos órgãos oficiais ou por entidades de prestação de serviços, indicam o somatório das extensões de vias com veículos parados. São caracterizados como índices de congestionamentos. Mas nenhuma delas consegue medir a situação em todas as vias da cidade. As variações dos totais, ao longo dos horários, confirmam o fato de nem todas as vias controladas estão congestionadas em todos os momentos.
Como isso ocorre, ao pretender sair para uma viagem urbana (movimentar-se externamente significa sempre uma viagem) o cidadão, em função de onde está e para onde quer ir pode verificar a situação das vias e, por avaliação própria ou por auxílio de aplicativos, pode planejar o seu trajeto, adotando, se caso, caminhos alternativos evitando as vias congestionadas. 
Para isso ele precisa de três condições básicas: a primeira é se dispor a planejar a sua viagem. Muitos não se dispõe a tal. Preferem usar os seus trajetos preferidos e usuais aos quais está acostumado, arriscando-se a encontrar congestionamentos. Mas sempre acham que estão fazendo o melhor caminho e não se dispõe a mudar. Só se dispõe a algum planejamento quando vão, pela primeira vez a um novo local.
A segunda é dispor de ferramenta que o ajude a saber da situação das vias e se dispor a utilizá-la.
As emissoras de rádio e de televisão tem esses serviços públicos informativos. O da televisão é mais limitado, prestando as informações em horário pré-determinados. O rádio consegue ser mais presente, com alguma emissora dedicadas exclusivamente a informações sobre a situação do trânsito na cidade, podendo ser acessado dentro do seu veículo. Mas também tem as suas limitações e o usuário tem que esperar a informação que precisa para o seu trajeto, dentro da sequência de informações, interrompidas pelos comerciais e por musiquinhas.
A ferramenta é genérica, mas nem todos estão dispostos a usá-la. Mesmo sendo reativa.
As ferramentas melhores estão nos aparelhos de telefonia celular, tablets, minicomputadores ou aparelhos específicos de GPS os quais podem abrigar aplicativos que forneçam a situação momentânea das vias e ajudem a planejar as melhores rotas. Aqui o processo é proativo e requer, além das ferramentas, o treinamento do usuário para utilizá-lo.
Sábado usei um deles, com sucesso: o chamador de taxi. 
Ao planejar a logística para ir a um jantar de comemoração de aniversário, à noite, em uma área residencial a opção era ir de carro, em função da eventual dificuldade de encontrar um taxi para o retorno.
Mas optei pelo taxi, confiando nas alternativas. A primeira era usar o chamador de taxi. Pois deu certo. Antes que começasse a me despedir o taxi já chegou, com todas as informações sobre o motorista no celular. 
Senti-me um smart citizen, começando a achar que parte da cidade já é inteligente. 
Não foi uma opção do transporte privado individual para o coletivo público, mas para o individual público.




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