quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Um caminho difícil

A nova dupla da política brasileira não terá vida fácil, nesses próximos 362 dias, até o dia do primeiro turno das eleições gerais.

A cada dia aparecerão problemas, incêndios que terão quer ser apagados, sem deixar grandes sequelas.

Aparentemente a mais crítica é o das alianças regionais, apontados pela mídia. Porém essa não tem o tino político que a dupla demonstrou ter. Vai fazer mais barulho do que a realidade.

A questão maior é como sensibilizar o eleitorado a sufragar a eles, Campos e Marina, e não a dupla concorrente PT/PMDB, que seria Dilma e Temer.

Mas isso não será suficiente. Será necessário formar uma forte bancada na Câmara do Deputados. No Senado a renovação será menor, de apenas 1/3, com os remanescentes em maior parte do PMDB.

O movimento das ruas indicaria uma grande renovação, porém a coligação liderada por Campos e Marina, teria um bom quadro de candidatos aos Governos Estaduais e ao Congresso? Em alguns casos faltarão. Em outros haverá excessos.

Ambos estarão de acordo em relação a todos os nomes? Qualquer divergência será explorada pela mídia, e amplificada pelos adversários. O que mais esses querem é aprofundar eventuais divergências da dupla ou dos seus seguidores.

A articulação terá que ser estadual, com bons arranjos para puxar e sustentar a eleição de Campos, tendo também o PSDB como adversário.

Apesar de ser o que estará com maior repercussão na mídia, porque essa acredita que o que dá maior audiência é a "fofoca política", principalmente quando há divergências. O mais importante não serão essas mini escaramuças, mas as estratégias de marketing político que serão desenvolvidas em duas vertentes. Uma amadorística  com poucos recursos financeiros, mas baseada essencialmente na intuição e outra altamente profissionalizada, suportada por muitos recursos, sob o comando de Lula e João Santana.

Mas a diferença principal não estará no volume de recursos, tampouco nas mensagens, mas no que elas transmitem e serão recebidas.

A diferença de Marina Silva é a sua credibilidade, porque ela diz a verdade. Ela não esconde o que pensa, o que quer, mesmo que isso não agrade a todos. É evangélica, com todo um fundamentalismo, que muitos não concordam, mas respeitam. Defende o ambiente natural, mesmo segurando o desenvolvimento econômico, mas o faz de forma transparente. Acontece que a candidata não é mais ela, mas sim Eduardo Campos. Ela conseguirá transmitir a ele o mesmo comportamento. 

Já o outro lado mascara tudo, com muita imagem, com muita ficção. Cria uma personagem que é uma na campanha, mas na realidade é outra. A exposição da Presidente Dilma mostrou uma pessoa diferente de Luladilma, apresentada durante a campanha.
Não passa credibilidade. Para alguns, principalmente os da opinião publicada, tudo parece falso.

Mas, por outro lado, uma grande parte ainda acredita e recusa qualquer contestação: "Dilma é nossa rainha, ole, olá". 

No final, quantos serão um, quantos serão outros?










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