Marina Silva é a imagem do sonho de milhões de brasileiros, insatisfeitos e indignados com os rumos da política brasileira.
É a única politica reconhecida como honesta, séria que não se envolve no jogo sujo das adesões, das compras de votos e outros procedimentos que eram condenados pelo PT, mas que passaram a adotar, para a conquista e manutenção do Poder, levando Marina a deixar a legenda.
Porém Marina e seus adeptos se iludiram achando que o sonho seria suficiente para conseguir uma adesão voluntária de mais de 500 mil eleitores para a formação do partido.
Até conseguiram, mas não contaram com o jogo sujo dos seus adversários, seus antigos companheiros.
Esses atuaram nos cartórios eleitorais para reter ou impugnar assinaturas e conseguiram inviabilizar o registro em prazo válido para concorrer às eleições de 2014.
Ela teve pouco tempo, mas suficiente para conseguir muito mais assinaturas, mais reservas para cobrir as impugnações. Mas preferiu acreditar que os Tribunais Superiores reverteriam a ação deletéria junto aos cartórios. Perdeu.
Desconsiderou que mesmo os juízes das instâncias superiores estão dentro de um jogo político e sob argumentos técnicos desaprovaram o registro. Formalmente agiram certo. A Rede não conseguiu comprovar má fé ou erros dos cartórios eleitorais.
No final foi muito simples e dentro do esperado: nos autos faltaram as adesões para a formação do partido, segundo prevê a lei.
Ou seja, o TSE agiu rigorosamente dentro da lei, não aceitando abrir mão de dados objetivos que chegaram à corte superior.
A Rede poderá conseguir mais assinaturas, validar as que foram inaceitas, demostrar as falhas, recorrer ao STF mas não conseguirá concorrer às eleições de 2014, por não ter obtido o registro provisório, com o direito de corrigir as supostas insuficiências de adesão.
Desconsiderou um tradicional jargão da política brasileira: "aos amigos tudo, aos inimigos o rigor da lei".
Desconsiderou que sob às lentes dos seus antigos companheiros tornou-se inimiga porque coloca em risco a reeleição de Dilma Rousseff.
Não acreditou, não aceitou, permaneceu no sonho e perdeu.
Só lhe resta manter a coerência.
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